Friday, May 23, 2008

Solidão...

Eu quero me deitar, fechar os olhos, voltar a sonhar, sentir o cheiro da brisa fresca de todas as manhãs.
Deixar o coração bater forte, sorrir, cantar uma canção baixinho, onde só os meus ouvidos possam ouvi-la.
Abraçar meu corpo dilacerado pela amarga solidão...
É Como se não mais fizesse sentido, e as paredes pintadas de branco começassem a ficar encardidas...
Nem sempre tudo o que esperamos acontece, as pessoas são diferentes, se magoam em troca de nada, se deixam levar por pouco.
A felicidade é momentânea, aproveite enquanto pode ter esses instantes, podem ser os últimos de uma vida inteira.
Encontre paz em um lugar escondido do mundo, leve para longe seu olhar triste, encontre esperança onde existe desalento e faça valer a pena cada segundo...
Não deixe de sonhar...

Tempestade

Quanto tempo eu estive nessa tempestade?
Tão impressionado com o oceano sem forma
Está ficando mais difícil andar na água
Com essas ondas quebrando sobre minha cabeça
Se eu pudesse apenas ver você
Tudo estaria bem
Se eu pudesse ver você
Esta escuridão se tornaria luz
Eu sei que você não me trouxe aqui para me afogar
Então por que eu estou a 10 palmos de profundidade e de cabeça para baixo?
Apenas sobreviver se tornou meu propósito
Porque eu estou tão acostumado a viver debaixo da superfície
E eu caminharei na água
E você me pegará, se eu cair?
E eu me perderei nos seus olhos
E tudo ficará bem...
(Lifehouse)

Tuesday, May 06, 2008

Efemero

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes. Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento. Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros. Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.Não damos o abraço que tanto nossa alma pede... porque algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso... "porque não estamos acostumados com isso". E não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos. E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece, e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos.Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente. E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença! E o tempo passa... Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: e agora ? Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa... De dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso. Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente! Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós. Pense!... Não a perca mais!...
(autor desconhecido)
Relicário
É uma índia com um colar
A tarde linda que não quer se pôr
Dançam as ilhas sobre o mar
Sua cartilha tem o a de que cor
O que está acontecendo?
O mundo está ao contrário e ninguém reparou
O que está acontecendo?
Eu estava em paz quando você chegou
E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai e o avô
Com o gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar
Onde eu não vou
O que você está fazendo?
Milhões de vasos sem nenhuma flor
O que você está fazendo?
Um relicário imenso desse amor
Sobe a lua, por que longe vai?
Corre o dia tão vertical
O horizonte anuncia com o seu vitral
Que eu trocaria a eternidade por esta noite
Por que está amanhecendo?
Peço o contrário, ver o sol se pôr
Por que está amanhecendo?
Se eu não vou beijar seus lábios quando você se for
Quem nesse mundo faz o que há durar
Dura a semente dura o futuro amor
Eu sou a chuva pra você secar
Pelo zunido das suas asas você me falou
O que você está dizendo?
Milhões de frases sem nenhuma cor
O que você está dizendo?
Um relicário imenso desse amor
O que você está dizendo?
O que você está fazendo?
Por que que está fazendo assim?
(Cassia Eller e Nando Reis)