Monday, September 15, 2008

Temperança...

Acordei, e ao abrir os olhos percebi que não sou mais quem costumava ser, não tenho o mesmo paladar, as mesmas manias, sorrisos, gestos... Vez e outra me deparo frente ao espelho, com alguém que finjo conhecer, que tento entender. Consciente ou não, as badaladas do relógio não param, e com elas, a vida se esvai, como que em um conta-gotas, segundo a segundo, se confundindo com um cálculo matemático, tornando as horas do seu viver menores.
Nostalgia bate a porta e não pede para entrar, adentra sem pedir licença, deixa lembranças... Por que lembrar se não pode mais voltar? Injusto.
Então vejo o futuro, que está por vir, que de várias formas pode existir, e qual é a maneira de ir à encontro d'ele, sem traumatizar uma mente insana, cheia de conflitos?
Busco encontrar um lugar, onde meu coração possa deixar o meu corpo descansar...

ALGUMAS COISAS...

SOBRE TODAS AS COISAS
QUE FALAM QUE SÃO DO MAL
NÃO TÊM SEQUER UM POUCO DE AMOR
SE TENHO QUE CHEGAR A ALGUM LUGAR
E NÃO MORRER SEM TER O QUE FAZER
ACHO QUE ME PERDI...
ALGUMAS COISAS NÃO PARECEM NO LUGAR
ESTÁ SEMPRE ESCURO QUANDO EU ACORDO
E QUANDO EU DURMO, JÁ NASCEU O SOL
E O MUNDO INTEIRO JÁ SE FOI
NÃO SABEM SE VÃO VOLTAR (ELES NÃO SABEM)...
SOBRE TODAS AS PESSOAS
QUE SE ACHAM ESPECIAIS
NÃO TÊM SEQUER UM POUCO DE ARDOR
SE TENHO QUE PARAR PRA ENXERGAR
E NÃO MORRER SEM TER O QUE DIZER
AONDE FOI QUE DEIXAMOS A NOSSA CORAGEM?
AONDE FOI?
MUITO ALÉM DO QUE POSSA PARECER
AONDE FOI?
(Marcelo Gomes/esperanto)